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Governo da Itália propõe criação de órgão para fiscalizar finanças dos clubes

Nova agência vai monitorar clubes das três divisões principais da Itália

Andrea Abodi, ministro do Esporte e da Juventude da Itália (Foto: Andreas Solaro/AFP)

Andrea Abodi, ministro do Esporte e da Juventude da Itália (Foto: Andreas Solaro/AFP)

Nova agência vai monitorar clubes das três divisões principais da Itália

O Governo da Itália, por meio do Ministério do Esporte e da Juventude, pretende criar um novo órgão com a finalidade de fiscalizar as finanças dos clubes de futebol profissional do país. A informação veio à tona após o vazamento de um documento com a proposta, encaminhado na última sexta-feira (3) pelo ministro Andrea Abodi ao presidente da Federação Italiana (FIGC), Gabriele Gravina.

“A proposta tem objetivo de fazer controles, que até agora eram apenas realizados internamente e externamente através de terceiros, com plena autonomia regulatória e poder de decisão. A federação terá o tempo necessário para estudar, aprofundar e avançar qualquer proposta”, diz um trecho do documento.

Denominado de Agência de Supervisão Econômica e Financeira dos Clubes Desportivos Profissionais, o novo organismo teria o papel de substituir a partir de 2025 a atual Comissão de Supervisão dos Clubes de Futebol Profissional (Covisoc), subordinada à FIGC.

Reações à proposta

Na prática, a nova agência faria o monitoramento financeiro dos clubes das três primeiras divisões nacionais, inclusive com poder de vetar inscrições em campeonatos. A proposta gerou reações negativas da Federação Italiana e do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), especialmente no que se refere à autonomia das entidades esportivas.

“Nunca tinha ouvido falar do projeto de criação de uma agência de controle das finanças antes da sexta-feira passada. Meses atrás, o ministro apenas insinuou a sua ideia de rever os critérios de nomeação de membros do Covisoc, qualquer um que diga o contrário, está mentindo”, relatou Gravina, presidente da FIGC, em entrevista à ANSA.

Por sua vez, Giovanni Malagò, chefe do Coni, seguiu com o mesmo tom crítico à medida. “Tenho sérias dúvidas sobre se isso poderá ser aceito pelos órgãos esportivos internacionais. A autonomia do esporte foi 100% violada. Isso tudo foi mal gerido e o Coni não foi informado, o momento e os métodos estão errados”, afirmou.

Intervenção semelhante na Espanha

No último dia 30 de abril, o Governo da Espanha realizou um movimento semelhante ao nomear o ex-treinador Vicente del Bosque para a presidência da recém-criada Comissão de Supervisão, Normalização e Representação

O novo órgão tem o papel de fiscalizar de modo mais amplo a Federação Espanhola de Futebol (RFEF), após os episódios de corrupção envolvendo os últimos gestores da entidade. Na ocasião, a FIFA e a UEFA manifestaram preocupação com a intervenção e uma possível perda de autonomia frente ao poder político local.

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