Vôlei de Praia

Vôlei de Praia: Últimos brasileiros, Evandro e Arthur se preparam para confronto com ex-NBA no Recife

Chase Budinger passou sete anos na NBA antes de trocar pelo vôlei de praia O Brasil vai enfrentar um ex-NBA […]

Arthur e Chase Budinger na final do Challenge de Saquarema do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2023

Rivais na semifinal do Recife decidiram a etapa de Saquarema em 2023 - Divulgação/Beach Volleyball World

Chase Budinger passou sete anos na NBA antes de trocar pelo vôlei de praia

O Brasil vai enfrentar um ex-NBA neste domingo (24), mas não é no basquete. Chase Budinger passou sete anos na maior liga de basquete do mundo, antes de se tornar um dos principais nomes dos EUA no vôlei de praia. Agora, ao lado do seu parceiro, Miles Evans, eles terão a dura missão de superar EvandroArthur, últimos brasileiros remanescentes no Challenger do Recife do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

O jogo está marcado para as 10h da manhã deste domingo, na arena montada na Praia do Pina para o torneio. Minimizando a pressão de jogar com a torcida contra, Budinger garantiu que já enfrentou públicos mais hostis. Budinger “Não  (é uma pressão adicional) para mim. Eu já joguei na NBA, então as torcidas eram talvez um pouco maiores que as daqui, mas eu sempre fui um jogador que procura escutar e observar o que está na arquibancada”.

A carreira de Budinger na NBA começou em 2009-10, no Houston Rockets. Ele passou três temporadas nessa equipe e mais três no Minnesota Timberwolves. Depois, em 2015-16, ele defendeu Indiana Pacers e Phoenix Suns. Foram mais de 400 jogos na liga antes de se despedir do basquete em uma temporada no Baskonia, da Espanha.

Assim, o estadunidense de 35 anos explicou a decisão pela mudança de esporte. “Eu estava já no meu caminho de saída do basquete. Joguei um ano no exterior depois de deixar a NBA e, então, entendi que era a hora de mudar de esporte enquanto o meu corpo ainda estava saudável. E eu senti que o meu amor pelo basquete estava diminuindo e eu quis mudar de esporte. Eu sempre amei esportes com bola, então o vôlei de praia sempre foi uma opção para mim”.

Evans ainda completou. “Ele já era muito bom quando era novo, então ele só retornou e disse ‘ok, eu consigo”. Ele foi além e garantiu que também faz uma gracinha no basquete. “Para mim sempre foi só o vôlei, eu até jogo bem no basquete, mas não no nível dele”.

Chase Budinger, atual jogador de vôlei de praia, em jogo da NBA pelo Phoenix Suns em 2015/16
Antes do vôlei de praia, Chase Budinger somou mais de 400 jogos na NBA – Divulgação/Minnesota Timberwolves

Brasil x EUA

Sobre o confronto com Evandro e Arthur, Evans afirmou querer revanche. “Nós já jogamos contra eles várias e várias vezes. Ano passado, perdemos para eles em Saquarema, então vamos tentar a revanche na casa deles dessa vez”. Naquela oportunidade, Brasil e EUA decidiram o título do Challenge de Saquarema, no Circuito Mundial de Vôlei de Praia de 2023. Os brasileiros levaram a taça por 2 sets a 1 (18-21/21-12/15-13).

A classificação, dessa vez, veio após uma vitória tranquila contra os noruegueses Mol/Berntsen (21-15/21-12). Budinger analisou esse confronto. “O jogo foi muito bom, nós conseguimos lidar com o vento. Do lado positivo, conseguimos encaixar os nossos saques, colocamos eles no nosso sistema de jogo. Do outro lado, tivemos dificuldade para controlar a bola e não desistir de alguns pontos”.

Do lado brasileiro

Antes ainda de saberem contra quem jogariam, Evandro e Arthur também falar com o Click Esportivo. Únicos brasileiros remanescentes no torneio em casa, eles garantiram a classificação após um encontro com outra dupla estadunidense nas quartas, superando Schalk/Bourne em três sets (21-17/13-21/15-10).

Após o jogo, Evandro comentou sobre a campanha da dupla este momento decisivo. “Começamos o torneio perdendo para a Argentina. Time chato e tudo mais, não desenvolvemos um bom voleibol. Poderia ter tido um algo a mais ali, um detalhe no final fez a gente perder o jogo. Paciência, isso acontece, às vezes, a gente perde no detalhe. Conversamos com a comissão técnica, tivemos paciência, fomos para um jogo de vida ou morte. Nós poderíamos ficar em últimos e agora estamos na semifinal. Isso não quer dizer nada, pode chegar amanhã, Deus que me livre, e perder. Tem muito jogo ainda”.

Ele ainda completou comemorando o desempenho da dupla na vitória tranquila sobre os australiano Carracher/Nicolaidis, nas oitavas da etapa recifense do vôlei de praia, por 2 sets a 0 (21-15/21-11). “Fizemos um bom jogo hoje de manhã, ali é o Evandro e Arthur de verdade, impusemos o nosso ritmo”.

Arthur também refletiu sobre a campanha. “A gente evoluiu durante a competição. Aqui é jogo de detalhe, são os melhores do mundo. Não à toa, a gente pode ganhar ou perder qualquer jogo, mas a gente sabe que existe essa evolução dentro do torneio para todos os times e, graças a Deus, a gente conseguiu evoluir bem e diminuir nossos erros. Ganha quem erra menos, então a gente errou menos e ficou com a vitória”.

Os últimos brasileiros do vôlei de praia

Sobre serem os últimos brasileiros restantes na competição, a dupla negou que isso gere uma pressão extra, mas garantiu que não há jogo sem pressão, como explicou Arthur. “Essa camisa pesa. A gente sabe a história do vôlei de praia no Brasil e acho que para todo mundo, desde o primeiro jogo, já há uma pressão de estar representando o Brasil, então sendo o único time ou não, acho que é sempre pressão estar representando o Brasil”.

Evandro endossou e reforçou a importância da torcida: “Eu jogo o Circuito Mundial há muito tempo e, por incrível que pareça, onde quer que seja, sempre tem um brasileiro. Aqui no Recife, na Noruega, na Suíça, sempre tem brasileiro dando pressão no bom sentido e torcendo pela gente. Isso é gostoso pra caramba, ter sempre o torcedor brasileiro torcendo pela gente e incentivando. Então, a gente só tem a crescer sobre isso, como foi hoje, que o torcedor deu um show e fez a gente sair com a vitória”.

Os jogos do domingo no Challenge Recife do Circuito Mundial de Vôlei de Praia

Passadas as emoções do sábado, restam apenas oito duplas vivas na etapa do Recife e elas voltam a quadra a partir das 8h para a disputa das semifinais. Depois, pela tarde, acontecem as decisões das medalhas. As disputas do bronze acontece às 14h e às 15h, enquanto os ouros serão definidos às 16h e 17h, com a disputa feminina abrindo e a masculina fechando.

  • 8h – Estônia x Lituânia (Semifinal Feminina)
  • 9h – Canadá x Alemanha (Semifinal Feminina)
  • 10h – EUA x Brasil (Semifinal Masculina)
  • 11h –  Inglaterra x Cuba (Semifinal Masculina)

Todas as partidas são transmitidas pelo SporTV2 e pela plataforma de streaming da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a VBTV. Além disso, os torcedores recifenses também podem comparecer à arena de vôlei de praia para assistir às partidas, com entradas gratuitas disponíveis no site da CBV.

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