Futebol Feminino

Às vésperas de jogo classificatório, Marta relembra trajetória: “Essa Copa do Mundo não é só sobre mim”

Em sua última Copa do Mundo, Marta adota reflexões ao passar por cada etapa da competição. Durante a coletiva de […]

Marta, com a camisa verde da seleção, está sentada em um banco do vestiário, com os cotovelos apoiados no joelho, enquanto olha para a câmera

Marta relembra como experiência ajudou a determinar escolhas dentro de campo, em mais uma Copa do Mundo Foto: Thais Magalhães/CBF

Em sua última Copa do Mundo, Marta adota reflexões ao passar por cada etapa da competição. Durante a coletiva de imprensa que antecede a partida decisiva entre Brasil e Jamaica, a jogadora avalia a sua evolução desde 2007 e a experiência que acumulou ao longo da carreira e como o processo tem influenciado suas escolhas dentro de campo.

“A Marta de 2007 era mais rápida. Hoje tenho que pensar mais em como agir dentro de campo. Com toda essa experiência e todos esses anos de carreira, vou tentar, de alguma forma, tanto dentro de campo, como fora, passar tranquilidade e mostrar que somos capazes de vencer a Jamaica novamente. Aconteceu em 2007, aconteceu em 2019 e vai acontecer amanhã, assim espero”, comentou.

A primeira Copa disputada por Marta ocorreu em 2003, nos Estados Unidos. Com o passar dos anos, a artilheira tornou-se uma das  maiores referências do futebol mundial, além de ser a maior artilheira em Copas – entre homens e mulheres -, com 17 gols. Agora, Marta usa a experiência também como apoio e motivação para o elenco.

“Fico feliz quando escuto isso das meninas, que elas querem ganhar essa Copa por mim, mas elas têm que ganhar por elas. Essa Copa do Mundo não é só sobre mim, é sobre o futebol feminino em geral, sobre essa geração que está surgindo e vai levar esse trabalho por muitos anos. É por todas nós. Não só sobre a Marta. Se isso as motiva um pouco mais, vamos em frente, vamos à luta”, afirmou a Rainha.

O legado de Marta

Seis Copas, 17 gols, 20 anos defendendo a seleção brasileira, além de outros inúmeros feitos. Contudo, o legado de Marta não se limita aos números. A camisa 10 é sinônimo de luta, representatividade e paixão pelo futebol. Tornou-se inspiração para milhares de meninas, mulheres, e esportistas do mundo inteiro.

“Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. 20 anos depois, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, que não víamos antigamente. A gente acabou abrindo portas para a igualdade”

O caminho trilhado por Marta não foi fácil. Sem referências de jogadoras femininas e sem divulgação da modalidade, a atacante não se identificava com outros esportistas apresentados pela mídia, quando passou a jogar futebol. A mudança do cenário, hoje, emociona a jogadora que se tornou exemplo para inúmeros admiradores.

“ Sabe o que é legal? Quando eu comecei a jogar, eu não tinha uma ídola no futebol feminino. A imprensa não mostrava jogo do futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, e me tornar uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam. “Minha filha quer ser igual a você”. Hoje temos nossas próprias referências. Isso não teria acontecido isso se nós tivéssemos parado nos obstáculos. A gente pede muito que a nossa geração continue inspirando mais meninas”, relembra.

 

 

 

COMPARTILHE

Bombando em Copa do Mundo

1

Copa do Mundo

Conmebol sugere Copa do Mundo com 64 equipes para o centenário

2

Copa do Mundo

Eliminatórias da Copa do Mundo: Grupos Definidos na Europa Após a Liga das Nações

3

Copa do Mundo

Irã Garante Vaga na Copa do Mundo de 2026: Triunfo no Futebol Internacional

4

Copa do Mundo

Japão Garante Vaga na Copa do Mundo de 2026 Após Vitória Sobre o Bahrein

5

Copa do Mundo

Copa do Mundo de 2030: FIFA Avalia Aumento para 64 Vagas